Semana passada falei sobre como a TV virou Cinema e o Cinema virou TV e me ocorreu que falava exclusivamente sobre os Estados Unidos no post. Mas e o Brasil?
Bom, a primeira parte da frase não tenho dúvida que é real. A produção televisiva ganhou todo o tratamento cinematográfico possível e isso é importante de notar - ainda mais que nos EUA - pois nossa formação televisiva realmente era distante do cinema. Criamos desde cedo uma linguagem televisiva mais ligada ao teatro e a rádio do que ao cinema. Do roteiro à mise en scene.
Já a segunda parte da frase, embora seja muito incipiente no Brasil devido a uma suposta falta de propriedades intelectuais estabelecidas - embora tenhamos algumas sequências de sucesso e propriedades ainda não bem exploradas; mas deixem acharem que não existe mesmo! O equilíbrio é o melhor caminho - outro dia eu vi uma coisa inovadora, que não vi em lugar nenhum: a narrativa serialisada (televisiva, digamos) num comercial publicitário!
É um comercial do Itaú que faz um call back a outro comercial da mesma campanha (#issomudaojogo) do Itaú. Não, não é tipo o Tio Sukita e outros exemplos que nada mais eram do que uma técnica de improviso; a piada repetida só que com outra obstrução - Tio Sukita na praia, Tio Sukita na festa, Tio Sukita no restaurante... Esse contava a história de vida de um jogador de futebol e sua camisa da sorte e, no fim, ele dá sua camisa da sorte para... a garotinha que sonhava ser jogadora de futebol, protagonista da primeira propaganda. Essa me pegou de surpresa...
O que significa? Não sei, mas achei interessante o experimento e passo aqui pra quem não viu.
Para os curiosos: eis o primeiro comercial, e aqui o segundo.
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