Q&A

Q&A 17/04/2015

By Eduardo Albuquerque - 4/17/2015

Todas as sextas-feiras eu respondo perguntas enviadas pelos leitores do blog. Se quiser me mandar uma, acesse este link e aperte enviar (ou tente nos comentários!).

Vamos ao desta semana!

Olá, Eduardo. Tudo bem? Escrevi uma série, dois longas e alguns curtas, mas sempre que envio um e-mail de permissão de envio para as produtoras, dificilmente obtenho alguma resposta, mesmo que apenas um sim ou um não. Tentei procurar por um agente de roteiristas, mas não encontrei nenhum pela internet. Você conhece algum ou teria uma dica sobre a melhor forma de alguém ler meu material?

Abraço e bom fim de semana.
Anderson Felix.

Fala, Anderson!

Vamos à sua pergunta, que é bem desafiadora e imagino que de interesse de muita gente. Ficou grande, mas encorajo todos a lerem! Acabou enveredando para uma conversa de interesse à todos nós.


Indo direto ao primeiro ponto: não conheço Agente de roteirista; acho que não existe esta figura aqui no Brasil. Pode até ter alguém que se diz Agente, mas - considerando o que faz um Agente e o modus operandi/modelo de negócio do nosso mercado em relação a roteiros - não tem nem como alguém tentar ser agente no Brasil.

Vejamos: o Agente é o cara que faz a ponte entre a indústria e o autor. Ele sabe no que cada estúdio está trabalhando, o que cada estúdio/produtora deseja e conhece diversos roteiristas, seus estilos de escrita etc. Ele, que tem bom trânsito no estúdio, faz um lobby à seu favor em determinado projeto que julga ser bom para você divulgando seu trabalho e se os caras comprarem a idéia de te contratar para este projeto, o Agente te ajuda a assegurar o melhor "deal" pra você - o que é de interesse dele também; afinal abocanha 10% do que você ganhar naquela negociação.

Agentes nada mais são do que facilitadores para uma engrenagem que de tão complexa passou a ser necessário para ambos os lados: os estúdios, que estão lotados de projetos, e os roteiristas, que não tem como conhecer todo mundo e ficar 100% ligado em tudo que está acontecendo sob pena de não conseguir concentrar no que ele tem que fazer... escrever.

Aqui no Brasa? Eu diria que 95% das Produtoras não conseguem ter tração suficiente para abrigar mais de um projeto ao mesmo tempo. E este projeto único, 97% das vezes, é "autoral" de algum sócio/diretor da produtora. Então, pra que alguém vai ser Agente? Não há esse volume de projetos e, conseguinte, posições vagas que justifiquem o trabalho (pro Agente) e a despesa (pro Roteirista).

E, se você for esperto, já deve ter percebido então porquê dificilmente obtém resposta de "sim" ou "não", quando você manda um email requerendo apresentar um texto:  

Ninguém quer um roteirista. No máximo precisam de um.

E aí, quando isso acontece (a contragosto deles) a primeira coisa que eles fazem é procurar pessoas com créditos acoplados ao seu nome. Independente da pessoa ser a certa para o projeto; nossa cultura curte uma grife acima de qualquer coisa. Se não conseguirem encaixar o projeto à agenda e às preten$ões da pessoa, recorrem a pessoas que eles já conhecem, mas não tem ainda muitos predicados. Se não conhecem ninguém, pedem indicações a conhecidos. Infelizmente são poucos os que tem culhão/personalidade pra pensar por si próprio e determinar o que é bom e o que é ruim e pouquíssimos são os que sabem ver o que encaixa bem ou não com seu projeto. Então, o alcance de possibilidades se torna muito pequeno e os meios para fazer essas conexões muito provinciano, concorda?

Feito este enorme preambulo (e acredite em mim que o texto era muito maior; já o editei umas 2112 vezes) eis o que penso sobre a segunda parte da sua pergunta: dica da melhor forma de fazer seu material ser lido.

Pode parecer que eu estou querendo ser espertinho, mas você não quer ser a pessoa que pede pra mandar o material; a produtora tem que ser quem pede. Curiosamente minha namorada estava me contando há pouco, quando discutia sobre sua questão com ela, que uma vez, quando estagiava numa produtora audiovisual, uma produtora comentou com ela que a percepção do mercado em relação a pessoas que mandam currículo (nem falou material; currículo!) sem conhecer ninguém era muito negativa. Viam como amador. Eu acho bizarra e burríssima essa noção, amador é quem acha isso e, ao invés de caçar o próximo fera, só faz o trabalho com os amiguinhos. Mas é o que é e concordo; eles veem dessa forma. Então, como fazer isso?

A primeira coisa, no seu caso, é a localização. O Anderson não está nem no Rio de Janeiro, a capital, nem em São Paulo, um mercado forte. Mora em Florianópolis, que, para quem não sabe, é o melhor lugar do Brasil. Se um dia eu for muito rico e estabelecido o suficiente para não morar aqui, eu parto para a Ilha da Magia sem embaraço e trabalho direto da minha futura luxuosa (mas ao mesmo tempo íntima) casa na Lagoa da Conceição ou no Campeche (ainda estou decidindo). Mas para nosso meio é complicado. É tudo aqui. Sei que o Mario Prata, por exemplo, mora em Floripa, mas ele já é um cara estabelecido; pôde se dar o luxo  porque pode ter certeza que ele trabalha menos por conta dessa decisão!).

Como tudo é referencial (e é mesmo) você tem duas opções: 1) Mudar-se pro Rio/SP. Conhecer a galera daqui, se intrometer mesmo no mundo real para que passe a ser "conhecido" e lembrado na hora de um projeto. e 2) Ficar aí, conhecer a galera daí e fazer coisas "independentes" e "autorais", que vão te dar um nome caso você seja bom e, com sorte e trabalho, vão te colocar em contato com as pessoas daqui.

De toda a forma, nas duas opções, você terá que "conhecer" as pessoas. É esta a grande diferença do lance de não existir Agente. Você, roteirista, às vezes tímido, vai ter que sair da sua zona de conforto para assegurar conexões, afim de ser lembrado para trabalhos. Isso pode ser bem desafiador. Atrás do teclado falo muito, mas na vida real, acreditem, eu sou MEGA tímido! Mas não tem jeito e entendo que seja até bom pra mim, como pessoa mesmo, ser obrigado a exercitar isso. A informalidade brasileira ajuda muito, pois você pode se aproximar de alguém numa palestra e trocar uma idéia com ela e logo se vê bebendo um chopp com fulano, que é amigo de cicrano e por aí vai. Parece orgânico demais e meio que uma chance muito remota de isso virar trabalho... e é. Mas vira!

O Rio de Janeiro, mais especificamente a Zona Sul, é MUITO pequeno. Minha carreira toda foi construída assim. Conhecendo gente que me levou a conhecer gente, que me deu a chance de fazer algo aqui, algo ali. Algumas destas coisas nem chegaram a ver a luz do dia, mas as pessoas envolvidas souberam que eu existia e fazia aquilo, o que as fez depois me indicar para outras coisas e por aí fui indo. É até engraçado, pois julgam amador receber currículo, mas num chopp após perguntar o que você faz e dizer "sou roteirista", eles muitas vezes dizem "porra! to precisando muito de um! Bora fazer uma parada!", sem nem saber se sou bom, se sou um mitônamo/psicopata, sei lá.

Enfim, arrumar um job pode acontecer com uma semana de Rio através do binômio "lugar certo/hora certa", mas fazer uma carreira é um processo longo. Faço 10 anos de roteiro ano que vem (com apenas 2 programas de TV realizados, 1 longa realizado e outro em produção, mas inúmeras outras coisas que morreram antes. Queria muito mais, mas é o que é) e tenho mais 15 anos na indústria, contando a época em que era ator e fiz faculdade de cinema, experiências que, além de me qualificar profissionalmente, me proporcionaram conexões pessoais que me ajudaram a construir essa incipiente carreira. Aliás, sabe como virei ator? Uma amiga da minha mãe dividia apartamento com uma pessoa que fazia a novela e soube que precisavam de uma criança da minha idade. Me indicou pra fazer um teste e acabei passando. Nunca tinha atuado, nem pretendido atuar antes. Haviam muitos outros que tentavam arrumar um papel. Viviam fazendo teste. Não conheciam ninguém.

Vê como são as coisas nesse mercado?

Você tem que ter o talento, mas antes dele a conexão. E esta, se constrói. OU de baixo pra cima - trabalhando relações, mitigando o seu desconhecimento e a estranheza de mandar um "po, bora criar alguma coisa?"/"tem alguma coisa pra eu escrever?"/"tu quer ler um roteiro meu?" para alguém que tenha algum poder no meio - OU de cima pra baixo - escrevendo e se associando a pessoas que não tenham tanta sucção no mercado, mas que, unidas a você, vão se utilizar de mecanismos diversos (e eles existem!) para produzir coisas tão legais que vai ser impossível os "poderosos" te ignorarem.

Todo Roteirista iniciante (e principalmente os sem contatos) se beneficiam de serem um pouco "sócios"/parceiros criativos de um produto. Seu caso mesmo: eu não perguntei, mas você pede pra enviar seu texto na esperança que leiam e produzam-no ou para que conheçam sua voz e te contratem para trabalhar em algo? Não espere passivamente que vão fazer por você (como um agente) o que você tem que fazer por si próprio. Se for algo seu que quer produzir, junte-se a pessoas as quais você julga capaz e que tenham interesse similar e corram atrás das leis audiovisuais que, neste caso, favorecessem a Ilha da Magia, pois a ANCINE vê com bons olhos a descentralização de produção do eixo Rio-São Paulo.

Eu comecei a escrever meu primeiro longa lá em 2009 e me associei com pessoas com fome, experientes, mas estreantes na posição. "A esperança é a última que morre" (estréia em Setembro!) tem diretor, roteirista e produtores estreantes.  Abri mão de confortos, servindo como produtor, de certa forma, indo todo step do caminho fazendo "mais" do que um roteirista devia fazer. Não é "entrega o tratamento e pronto". É escrever textinho pra enquadrar em edital. É roteirizar teaser pra captar dinheiro, uma vez aprovado pela Ancine. Team work é o nome do negócio. Movimento é o nome do negócio.

Por último, mas não menos importante, juntando tudo isso... não seja um babaca. Não seja duas caras. Trate todo mundo bem. Especialmente seus colegas roteiristas. Não os veja como competição, pois eles REALMENTE não são. Pelo contrário, bem sucedidos ou não, eles podem ser sua porta de entrada. Eu mesmo; vivo indicando roteiristas pra coisas que não posso/não quero pegar e meu primeiro requisito é "ele é um babaca?", pois levo a sério a minha indicação e tudo bem receber ligação dizendo "po, não clicou, não resolveu o meu problema", mas não é nada ok receber ligação dizendo "porra, tu me indicou mó filho da puta, hein?". Parece óbvio, mas vale deixar ressaltado. Tente manter seu ego controlado, seja gentil e disposto a ajudá-los, prestigiá-los. Propicie um bom clima, sem ser arrogante e se achar o último biscoito do pacote. Torça por eles! O sucesso deles é o seu sucesso e vice-versa.

Nem acho que quem é babaca não consegue trabalho; infelizmente eles conseguem pois o mercado é muito pequeno. Mas o mundo precisa de menos babacas. A vida no audiovisual é muito puxada para além de tudo ter que lidar com babacas.

Ufa. É isso. Será que ficou um pouco mais claro? Saiba, aliás, saibam, que podem contar comigo. Acho que o Q&A já é uma indicação clara disso, de que quero trocar com a galera, ajudar de alguma forma.  Os comentários idem; um espaço para que nos conheçamos nem que seja virtualmente. Mas se me virem por aí em eventos etc. e quiserem trocar uma bola na vida real, fiquem à vontade para se aproximar e se apresentar. Adoro conhecer escritores, trocar experiências (de escrita, de mercado/negócio) e faço muito abertamente com alguns colegas próximos, os quais até já citei aqui e ali no blog. Está nos meus planos até fazer posts com alguns destes, perguntando sobre o processo criativo deles, mostrando foto da "Sala" onde eles escrevem etc. Tenho que tirar isso do papel... Ou colocar isso no papel? Enfim...

Valeu pela pergunta, boa sorte e bom fim de semana para você também, Barriga Verde!

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8 comentários

  1. Bah tche! Seu texto me fez pensar muito hoje quando li pela manha até agora. Eu sou do Rio Grande do Sul e também estou tentando transpor essa barreira, mas sei que preciso estar mais presente no mercado Rio-São Paulo. Por um tempo achei que fosse possível daqui do sul conseguir algo dai do sudeste, mas vejo que tem uma questão fundamental que é ser visto.
    Uma vez o roteirista Newton Cannito me respondeu um email dizendo que o roteiro dele é lido por amigos, me aconselhou: faça amigos que possam ler seus roteiros e criar oportunidades.
    Pensei muito sobre isso e de fato quero sair daqui e ir ao Rio, mas como não quero virar mendigo, estabeleci uma meta com prazo onde consiga me fixar na cidade, ter uma moradia, um emprego e conseguir me manter por um bom tempo.
    É isso. Seu texto foi importante Eduardo.
    Jeferson Rodrigues

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    1. Ótimo saber, Jefferson! E vejo que você esta sendo inteligente e pragmático em seus planos, e, mais importante, positivo em sua atitude. Isso é metade do caminho, sério mesmo.

      Só uma coisa: possível é. tudo é. mas é MUITO mais difícil.

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  2. Eduardo, MUITO OBRIGADO. Sua resposta (artigo) me fez reavaliar algumas coisas. Percebo que tenho mesmo que criar um vínculo maior aqui, mas não desistirei de entrar em contato com as produtoras sempre que tiver com um material novo. Será um caminho difícil, mas não impossível. Se um dia for morar em Floripa, procure por um lugar como o Ribeirão da Ilha ou a Armação, são mais baratos e têm a mesma qualidade. Ou se vier apenas para visitar, dá um toque que a gente se encontra pra umas cervejas. Abração.

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    1. Faz bem! Não desiste mesmo não, pois uma dessas vezes pode pegar alguém que esteja precisando e/ou que pensa diferente (aleluia!) à maioria.Fora que tudo muda o tempo todo. Quem sabe a gente vira industria e essas facilidades se tornam normas?

      Eu acho que fui a Ribeirão... não é lá que fica o Ostradamus? Ih, se ferrou... quando eu for aí de novo vou te cobrar essa cerveja!

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  3. Você conhece o mercado de São Paulo. Você mencionou no texto a Zona Sul onde você conseguiu contatos e em São Paulo. Tem informações de como é lá?
    Jeferson

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    1. Mencionei Zona Sul do RJ porque é uma coisa extra-audiovisual, coisa da cidade mesmo. O Rio é extremamente provinciano. Pra não dizer dividido. Muita gente nasce, cresce e morre sem sair da Zona Sul (no máximo foi à Barra da Tijuca na Zona Oeste e passou pela Zona Norte só pra ir ao Aeroporto). O lugar pra ver e ser visto é a Zona Sul, o Baixo Gavea, alguns restaurantes etc.

      São Paulo não. É uma cidade grande de verdade. Descentralizada. Então, não sei... não posso falar "Ah, a Vila Mariana é o lugar onde todo mundo vai" - embora eu saiba que tem muita agência de publicidade lá. Tem Moema, Itaim Bibi... tem muito lugar. Meu contato (que é pouco) com SP foi na outra via que citei: fazendo carreira aqui no RJ e aí trocando algumas bolas lá. Então não sei muito.

      Mas pra roteirista, pra dramaturgia, acho que o RJ é bem melhor. Aqui é a capital do audiovisual brasileiro. Sem dúvidas. SP tem muita coisa importante também. Publicidade forte e grandes nomes como a Moonshot, que investe muito em televisão e tem em Roberto D'ávila um sócio que entende a importância de roteiristas. A O2 Filmes (apesar de ter escritório no Rio) tem sua sede lá. Isso, por si só, já seria grande. Fernando Meireles!

      Mas mesmo assim, o Rio tem mais possibilidades e movimenta mais o mercado. Globo, Record e Globosat, as maiores investidoras em dramaturgia audiovisual, são aqui. A ANCINE fica aqui. O BNDES, maior financiador de cultura no país, também fica aqui. Grandes e pequenas produtoras. Uma das sedes da Copa do Mundo e sede das Olimpiadas, entre outros eventos importantes.

      Se for rolar uma escolha, leve isso em consideração.

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  4. Eduardo, vi o link do teu filme e percebi que teu nome não está na ficha técnica, isso me assustou um pouco e me fez escrever esse comentário. O roteiro original foi seu e ele sofreu adaptação e por isso outras pessoas levaram o crédito? Percebi também que apesar de a equipe ser estreante, quem está por trás é Downtown Filmes, como o roteiro chegou até a eles e foi aprovado? Abs, seguindo seu blog a partir de agora!

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    1. Fala, Josué!
      Bem vindo à Sala! Pega uma cadeira e fique à vontade! =)

      Que link é esse? O da própria Downtown Filmes? Ou o da adorocinema (que compartilhei nesse post)?

      Se for da Downtown (ou se for da FilmeB), a verdade é que é só um demonstrativo de como roteiristas são secundários pro mercado - embora adorem chorar "Precisamos de roteiristas!" por aí. Simplesmente não tem roteiro na maioria das fichas técnicas. Tem elenco, tem diretor, tem até produtor, mas não tem roteirista.

      Se for na Adorocinema, que tem o nome da Pan e do Zé Carvalho, mas não o meu... barrigada do site. É até engraçado que neste outro link deles - http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-104907/ - uma entrevista da Dani Calabresa durante as filmagens, ela inclusive menciona meu nome, mas mesmo assim não incluiram na ficha.

      Não se assuste, não tem nenhuma maldade nem nada por trás. É só o fator mambembe mesmo do nosso mercado (por isso que não chamo de indústria; é uma coisa incipiente GERAL). Pra você ver, se você der uma procurada no filme por aí, vai encontrar ainda muito site dizendo que o Gregório Duvivier e o Leandro Hassun fazem parte do elenco... O Greg e o Lele já fizeram parte da nossa escolha de elenco, fizeram teaser para captação etc., mas acabaram não fazendo o filme no final das contas. Isso há anos. O filme foi rodado no final de 2013, estamos em 2015, e mesmo assim, ainda constam eles. O próprio adorocinema mudou e incluiu Danton e Rodrigo há pouco tempo atrás.
      Curiosamente, o IMDB tá certinho (provavelmente foi a MPC - produtora - que fez): http://www.imdb.com/title/tt3447830/?ref_=fn_al_tt_1

      Enfim, eu imagino (não sei, nunca passei por essa etapa) que quando o filme entrar em rota de lançamento/divulgação de verdade essas coisas se corrijam, pois começam a sair os press releases e eventualmente algum estagiário bate o olho nas inconsistências e favorece a informação oficial que tem às mãos.

      Mas não me preocupo muito não. O que importa é ver no início do filme os créditos lá com o seu nome!
      SPOILER ALERT: eu faço duas pontas no filme também =P

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